Quando, nas nossas casas, ligamos um interruptor de uma lâmpada ou utilizamos qualquer outro eletrodoméstico, é provável que não se associe o longo e complexo processo que nos permite usufruir, com toda a facilidade e simplicidade, do bem eletricidade. No caso da produção de energia elétrica, com recurso ao combustível fóssil - petróleo, o processo vai desde a extração, refinação, transporte e armazenamento, até à fase final do seu processamento numa central termoelétrica, seguindo-se o transporte e/ou distribuição da energia transformada até às nossas casas.
A montante do processo produtivo das nossas centrais termoelétricas é necessária energia para produzir e transportar o combustível, enquanto a jusante ocorrem perdas na rede elétrica e, no final desta longa cadeia, ao nível do consumo ocorrerão ainda várias ineficiências. Isto significa que qualquer poupança no consumo de energia elétrica tem um efeito multiplicador de redução conjunta, quer do uso dos recursos fósseis, quer dos efeitos negativos sobre o meio ambiente.
Na EDA - Electricidade dos Açores, S.A., existem dois tipos de produção de energia:
- A produção de energia elétrica recorrendo a recursos não renováveis (recursos fósseis);
- A produção de energia elétrica recorrendo a recursos renováveis.
Produção de energia elétrica com base em recursos não renováveis: são recursos que não podem ser repostos no curto ou médio prazo (ex.: petróleo e seus derivados) e que contribuem de forma significativa para a degradação do meio ambiente, especialmente através das emissões de dióxido de carbono, dos resíduos produzidos, entre outros. Nos Açores esta produção é efetuada através de centrais termoelétricas acionadas com motores Diesel.
Produção de energia elétrica com base em recursos renováveis: são recursos que não se esgotam, mas que apesar das evidentes vantagens em termos ambientais, também têm influência negativa no meio ambiente, pois possuem impactes sobre a avifauna e habitats, assim como ruído e impactes na paisagem. Na EDA a produção de energia elétrica através de recursos renováveis, é efetuada com base em centrais hidroelétricas (a partir dos recursos hídricos), em parques eólicos (a partir do vento) e em centrais geotérmicas (a partir do calor proveniente da Terra).
Para além dos impactes ambientais associados à atividade de produção na EDA, as atividades de transporte, distribuição e comercialização de energia também têm associados impactes ambientais.
Os impactes ambientais associados à atividade da EDA podem afetar o ambiente a uma escala global, regional ou local e podem ser divididos de um modo geral em: agravamento do efeito estufa; deterioração da qualidade do ar; depleção da camada de ozono; contaminação de solos; depleção de recursos naturais; ocupação de solos e incomodidade para o exterior.
No final do último século, os gases que provocam o efeito de estufa, entre os quais o dióxido de carbono (CO2), foram identificados como sendo os indutores das alterações climáticas, como a fusão dos glaciares, o aumento do nível dos oceanos e a subida da temperatura atmosférica. Desde então, as preocupações ambientais vêm assumindo cada vez maior relevância no nosso quotidiano.
A rotulagem de energia visa fundamentalmente, “Informar o consumidor sobre o produto que está a consumir, tornando o consumo mais consciente, designadamente sobre os recursos energéticos primários utilizados na produção de energia elétrica e os impactes ambientais associados ao fornecimento. Desta forma, o cliente é responsabilizado pela sua escolha de consumo”.
Os procedimentos sobre a rotulagem de energia, que as empresas do sector elétrico têm de observar, decorrem quer do Regulamento das Relações Comerciais e da Diretiva 16/2018.